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segunda-feira, 26 de junho de 2017

O bom senso, os Bolsominions de Caririaçu e seus críticos

Logo no inicio do seu Discurso do Método, René Descartes, escreveu que o bom senso é a coisa mais bem distribuída que existe. Isso porque todo mundo julga possuir o suficiente.
Pois bem, foi o bom senso que uniu e proporcionou o primeiro evento da extrema direita em Caririaçu. Bom senso com aquilo que os manifestantes acreditam. O evento realizado no sábado, dia 24 de junho e intitulado “Movimento Pró-Direito e Conservadorismo em Caririaçu”, teve como foco principal promover a figura do deputado militar, Jair Messias Bolsonaro, em sua campanha para presidente nas eleições de 2018, isso não ficou evidente, mas é o que se infere pelos discursos.
Mas que bom senso é esse?, dirá o leitor que não se identifica e sente ojeriza por tudo que representa o parlamentar fluminense? Bom senso, é o que te faz ser opositor a esse fato. Como foi dito no inicio, bom senso é coisa que ninguém almeja aumentar e, de certa forma, molda as ideologias.
Assim, não é difícil inferir que o bom senso não é algo subjetivo, com regras estáticas, mas sim indecifrável, tudo girando em torno do ponto de vista. Como diria Raul Seixas, o ponto de vista é que é o ponto da questão. E há uma pluralidade de pontos de vista: o da ciência, da história, da mídia, do patrão, do proletário, do preconceito, entre outros.
Mas o bom senso que uniu os devotos de Bolsonaro em Caririaçu, parece faltar justamente aos seus principais críticos. Enquanto os bolsominions, epíteto dos seguidores do mito Bolsonaro, se arquitetaram e foram às ruas defender suas ideias, seus opositores estão lá no mundo platônico, no mundo das ideias, alguns debochando e outros elencando os pontos de vista que fazem ser contrários ao mito.
É salutar que o bom senso dos progressistas, onde esse escrivinhador pensa está incluído, aprenda com o bom senso dos conservadores e saía às ruas e às praças para defender suas ideias e lutar por aquilo que acreditam.

PS: Como sabem , seguidores de Bolsonaro, não tenho e provavelmente não terei nenhuma afinidade ideológica conservadora que vocês ostentam, mas essa lição vocês ensinaram a nós, esquerdistas e comunistas de Caririaçu, que é preciso sair do mundo das abstrações e ir onde o povo está.

PS2: Quem poderia definir esquerda e direita no contexto caririaçuense?

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Reforma da Previdência e o Comércio Local

A sexta-feira, 28 de abril, foi um dia histórico para os movimentos sociais brasileiros. Dia em que grande parcela da população foi às ruas demonstrar o seu repúdio e refutar as propostas retrógradas do governo ilegítimo de Michel de Temer.
Em Caririaçu também poucas centenas de pessoas foram reivindicar a manutenção dos seus direitos. Para uma população que se aproxima de 30 mil habitantes, o número de manifestantes pode ser considerado baixíssimo, ainda mais que praticamente todos eles no futuro sofrerão na carne as propostas do governo golpista, se elas forem aprovadas pelo congresso nacional.
Por outro lado, esse número pode representar um embrião para que a população possa resistir e lutar por seus direitos e não ficar passivamente, apenas aplaudindo seu ídolo político local quando é convocado.
Mas um outro fato chama a atenção, tanto é que serviu de mote para alguns discursos no ato público. O fato do comércio local não demonstrar o mínimo interesse em participar e fazer coro contra as reformas do presidente golpista.
Enquanto, praticamente todos os órgãos públicos paralisaram suas atividades, o comércio de Caririaçu abriu suas portas e demonstrou pouco caso com as manifestações. Até parecem, os comerciantes, que se acham uma casta diferente do povo, dos inconformados.
E isso revela um fato preocupante, que preocupa para um futuro próximo. Isso porque, como é sabido de todos, o comércio de Caririaçu sobrevive dos servidores públicos municipais e principalmente dos repasses federais para a população, entenda-se, aposentadoria e bolsa família.
Com a reforma implementada, poucos serão os que conseguirão adquirir o benefício, trabalhadores rurais, a maior parcela de nossa população, serão menos ainda. Então o poder de consumo da população diminuirá consideravelmente.
Outra coisa, é comum ouvir dos comerciantes locais que o governo deveria extinguir o bolsa família. Segundo alguns, o programa é uma indústria de vagabundagem e só serve para gerar indolência e passividade aos beneficiários. A reclamação revela um saudosismo de quando a população diretamente beneficiada vivia na pobreza e extrema e aceitava qualquer espécie de trabalho para ganhar uma ninharia.
Pois bem, acabando-se o bolsa família e quase extinguindo a aposentadoria, quem dará fluxo ao comércio local? A quem os comerciantes venderão as mercadorias?
Você comerciante de Caririaçu e que não se interessa pelas reformas da classe política que tomou o poder de assalto e deu um golpe na democracia, será que Michel Temer e seu séquito virá fazer sua feira no seu comércio? Não, né! Então lute também para que esses benefícios sejam preservados. É questão de sobrevivência da sua fonte de renda.
Ou então veja seu comércio se esvaziar num futuro nem tão distante assim.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Psol em Caririaçu

Um pequeno grupo de órfãos de representatividade na política eletiva de Caririaçu se reuniu no mês de março para discutir uma nova ideologia política.
A ideologia encontrada num partido político, foi a ideologia do Partido Socialismo e Liberdade (Psol). Contou muito nessa escolha a atuação do partido no parlamento, tanto estadual quanto federal. O encontro aconteceu na Escola Plácido, tendo sido idealizado e organizado pelo professor Isac Araújo e participação da presidenta do partido, seção Ceará, Cecília Feitosa.
A ideia de um partido ideologicamente identificado com a esquerda, lançar uma célula embrionária em Caririaçu, é um fato que merece destaque, atenção e reflexão de nossa sociedade.
Numa cidade em que os partidos são stands de negociação e seus afiliados não têm direito a voz, cujo o processo de filiação, em sua grande maioria, está relacionado a questões familiares ou a submissão voluntária ao seu chefe político, o Psol fez diferente.
Diferente, porque primeiramente fez o chamamento para a discussão de sua ideologia, de suas lutas e ainda abordou o surgimento e o desenvolvimento da sociedade de consumo e do capital industrial, tudo variações do mesmo tema, ou seja, tudo ligado a forma de fazer política do partido. Já outros partidos com atuação no âmbito municipal, os seus presidentes, meras extensões de caciques das legendas, apenas apresentam a ficha de filiação e pede a sua documentação e a ideologia é somente atender a legislação eleitoral.
Ainda é cedo para afirmar se o partido irá se consolidar no município, ainda é tudo muito incipiente. Mas o que move as pessoas que buscam essa nova perspectiva política, que é não se identificarem com o bipartidarismo reinante e que quando há alternância de poder, é mais dos mesmo, só mudam os personagens, o enredo é conhecido e repetitivo.
Assim, a perspectiva é que o número de pessoas, que atualmente não se sentem representadas, possa crescer e elas sim constituírem, com consciência política e sabendo das dificuldades, o Partido Socialismo e Liberdade em Caririaçu. Desta forma, a população e não um segmento dela, têm muito a ganhar, pois com isso, a consolidação do Psol em Caririaçu, certamente a qualidade do debate político crescerá.
Merece reflexão por outro motivo. Vivemos numa sociedade conservadora, ignorante e catequizada pelo discurso raso e simplista. Fruto dessa catequização, é fácil ouvirmos que a política de esquerda, inevitavelmente desemboca em ditadura, que os esquerdistas são um bando de corruptos, preguiçosos, vivem do suor alheio, têm parte com Satanás e que comem criancinhas.
Se você é um que pensa assim, reveja seus conceitos, suas fontes de informações, melhore seus argumentos...

Ainda não sabemos os próximos passos que o Psol dará em Caririaçu, fiquemos na torcida e, se possível, participemos também das discussões, contribuamos e sejamos também protagonistas da vida política de nosso chão. 
Uma última coisa. Política não se faz somente em campanha eleitoral, política se faz todo dia e o cenário pede além de novos personagens, novas ideias para um novo roteiro. O que se faz em campanha eleitoral é pedir votos.

PS: Você, leitor, se sente representado no parlamento municipal?