O dia 5 de
abril de 2014 foi um dia que certamente entrará para a história recente da
Serra de São Pedro. Este foi o dia do lançamento do primeiro livro de Célio
Mendonça, o Maré, como eu, e muitos outros, nos habituamos chamar esse homem
grande no físico e na sapiência e que seu único defeito, aparentemente, é
torcer pelo Vice, digo, Vasco da Gama, freguês de caderneta do time do povo...
Clube de Regatas Flamengo.
Não vou falar
aqui a respeito do livro em si, do seu conteúdo. Para fazer uma resenha no
mínimo razoável da obra, os meus parcos conhecimentos e minha inexperiência de
vida são insuficientes para escrever sobre a obra de Maré. Falarei aqui somente
sobre o lançamento de Apresso Lembranças.
Eu estive
presente no lançamento do livro, não somente como repórter fotográfico e
redator de matéria jornalista, nem tampouco porque fui convidado pessoalmente
pelo autor, embora tenha sido uma honra mui grande. Eu fui porque acima disso,
me considero um profundo admirador da palavra escrita e não podia perder esse
grande momento da literatura do nosso torrão. A palavra escrita e sua posterior
leitura deleitada por outros olhos, é a liga da baladeira que estica e
impulsiona a pedra da imaginação pelos ares e possibilita enxergar o mundo de
uma visão privilegiada. Quando um caririaçuense do miolo nos traz a palavra
escrita, é a prova de que nossa cidade possui vida inteligente e um futuro
promissor. Vida inteligente, eis o que sois Maré.
Maré foi
aplaudido de pé pelos seus pares, afinal foi assim que ele se referiu a plateia
que o prestigiou: “me sinto representado pelas pessoas aqui presentes” e,
diante da ovação, ele se enrubesceu e atrevidas lágrimas brotaram dos seus olhos querendo participar do lindo
momento, mostrando que um homem de bom coração se emociona com coisas singelas.
Até eu, que no
momento usava o hábito de profissional da informação, o qual não é permitido
demonstrar emoção, me vi com os olhos marejados e para disfarçar fiquei numa
janela e enquanto olhava o horizonte, discretamente enxuguei as lágrimas que
irromperam do meu ser imaturo e que não sabe lidar com a beleza. Não sei qual a
explicação que isso deve ter, mas me arrisco a dizer que foi a de ver um pobre
que nasceu sem eira nem beira (me desculpe a expressão Maré) ter um de seus
sonhos realizados.
Não sou escritor
e nunca lancei um livro, mas sei que não é fácil realizar tal fato. A coisa se
complica ainda mais, quando se pertence a um lugar onde a maioria das pessoas
só escreve bem o próprio nome, por isso, Maré deve ser reverenciado e foi
merecidamente aplaudido de pé na cerimônia de lançamento do seu Apresso
Lembranças.
Também não
poderia deixar de felicitar Wagner Medeiros, que com a lente de sua câmera,
capta imagens inefáveis como aquela que ilustra a capa de Apresso Lembranças.
PS: Quero agradecer a gentileza do prefeito João
Marcos, que esteve presente no lançamento e humildemente, como deve ser um
grande governante, comprou e me ofereceu um exemplar de Apresso Lembranças, pena que eu já havia comprado. Mesmo assim,
muito obrigado prefeito.