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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Lançamento de "Apresso Lembranças"


O dia 5 de abril de 2014 foi um dia que certamente entrará para a história recente da Serra de São Pedro. Este foi o dia do lançamento do primeiro livro de Célio Mendonça, o Maré, como eu, e muitos outros, nos habituamos chamar esse homem grande no físico e na sapiência e que seu único defeito, aparentemente, é torcer pelo Vice, digo, Vasco da Gama, freguês de caderneta do time do povo... Clube de Regatas Flamengo.
Não vou falar aqui a respeito do livro em si, do seu conteúdo. Para fazer uma resenha no mínimo razoável da obra, os meus parcos conhecimentos e minha inexperiência de vida são insuficientes para escrever sobre a obra de Maré. Falarei aqui somente sobre o lançamento de Apresso Lembranças.
Eu estive presente no lançamento do livro, não somente como repórter fotográfico e redator de matéria jornalista, nem tampouco porque fui convidado pessoalmente pelo autor, embora tenha sido uma honra mui grande. Eu fui porque acima disso, me considero um profundo admirador da palavra escrita e não podia perder esse grande momento da literatura do nosso torrão. A palavra escrita e sua posterior leitura deleitada por outros olhos, é a liga da baladeira que estica e impulsiona a pedra da imaginação pelos ares e possibilita enxergar o mundo de uma visão privilegiada. Quando um caririaçuense do miolo nos traz a palavra escrita, é a prova de que nossa cidade possui vida inteligente e um futuro promissor. Vida inteligente, eis o que sois Maré.
Maré foi aplaudido de pé pelos seus pares, afinal foi assim que ele se referiu a plateia que o prestigiou: “me sinto representado pelas pessoas aqui presentes” e, diante da ovação, ele se enrubesceu e atrevidas lágrimas brotaram dos seus olhos querendo participar do lindo momento, mostrando que um homem de bom coração se emociona com coisas singelas.
Até eu, que no momento usava o hábito de profissional da informação, o qual não é permitido demonstrar emoção, me vi com os olhos marejados e para disfarçar fiquei numa janela e enquanto olhava o horizonte, discretamente enxuguei as lágrimas que irromperam do meu ser imaturo e que não sabe lidar com a beleza. Não sei qual a explicação que isso deve ter, mas me arrisco a dizer que foi a de ver um pobre que nasceu sem eira nem beira (me desculpe a expressão Maré) ter um de seus sonhos realizados.
Não sou escritor e nunca lancei um livro, mas sei que não é fácil realizar tal fato. A coisa se complica ainda mais, quando se pertence a um lugar onde a maioria das pessoas só escreve bem o próprio nome, por isso, Maré deve ser reverenciado e foi merecidamente aplaudido de pé na cerimônia de lançamento do seu Apresso Lembranças.
Também não poderia deixar de felicitar Wagner Medeiros, que com a lente de sua câmera, capta imagens inefáveis como aquela que ilustra a capa de Apresso Lembranças.


PS: Quero agradecer a gentileza do prefeito João Marcos, que esteve presente no lançamento e humildemente, como deve ser um grande governante, comprou e me ofereceu um exemplar de Apresso Lembranças, pena que eu já havia comprado. Mesmo assim, muito obrigado prefeito.