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sábado, 13 de outubro de 2012

Bem-vindos à Cidade do Orelhão!



Todo local é conhecido por um feito, marco ou edificação. E sempre existe uma imagem que nos possa remeter uma lembrança desse espaço. Algo que nos faça pensar, imaginar e até mesmo nos levar a querer ir para esse lugar.
Na cidade luz, Paris, tem-se a Torre Eiffel, em Nova York temos a Estatua da Liberdade, na Índia o Taj Mahal, a China tem a sua muralha e o Egito tem as suas pirâmides. Aqui no Brasil também existem grandes belezas e imagens que nos fazem lembrar e relembrar este lugar. No Rio de Janeiro temos, como exemplo, o Cristo Redentor. Já em Fortaleza temos a ponte Metálica, também conhecida como pontes dos ingleses. Aqui na nossa cidade vizinha, Juazeiro do Norte, milhares de romeiros vêm várias vezes ao ano pedir a bênção ao “meu padim”.
E aqui na querida Serra de São Pedro não poderia ser diferente. Também é necessário levar o nosso nome aos ouvidos do mundo. No nosso caso, dessa serra altaneira, foi deixada no alto desse vale uma marca que nos remeteria a ideia do que seria Caririaçu. Foi aí, nessa pequena cidade que se inaugurou um orelhão, fato este, que deu fama à nossa cidade em boa parte do que se entende por Brasil.
Bem, além de ser um fato vergonhoso e digno de repulsa. Mas enquanto uns lacrimejam outros vendem lenços, também pode se tirar proveito dessa situação (diga-se de passagem, a oposição adorou). Mas, não é bem do uso desse feito pela oposição que falarei aqui.
Como toda cidade tem seu(s) marco(s), é natural que elas se utilizem deles para divulgar a localidade, uma dessas formas é o comércio. É comum, quando visitamos um lugar, comprar aquela famosa lembrancinha, para presentear ou simplesmente guardar. Fotos, camisas, fitas, canecas entre outros. Aqui nas adjacências temos como exemplo o Pe. Cícero, que é abordado nesse trabalho.
Fica a dica para Caririaçu, cidade que em plena época da aceleração digital inaugura um orelhão, usar o tão sonhado telefone público como assunto, já que foi assim que a cidade ficou conhecida. E naquelas frases, bordão, que se refere à cidade coloque-se: “Estive em Caririaçu e liguei pra você”.
Trabalho feito por uma artesã local.
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Só lamento isso ter acontecido, pois sei que a nossa cidade poderia ter sido abordada de outras formas. Vista de outros modos. Ter sido olhada pela sua cultura, por exemplo, pelo trabalho artesanal que ainda se é feito. Pelas músicas das bandas cabaçais, pelo reisado. Enfim, pelo seu contexto sociocultural que a cada dia está a se perder.
O que somos? Parece-me que ficamos rotulados Brasil afora como descendentes de índios (Kariris) que viveu seu apogeu ao inaugurar-se um orelhão. Já disseram que no mundo tem gente pra tudo. Eu digo mais: no mundo tem gente pra tudo e ainda sobram dois, um pra inaugurar um orelhão e outro pra bater palmas.